quinta-feira, 26 de março de 2009
"chachadas"!!!
Tem razão Jorge Sampaio. A nossa classe política só se preocupa com "chachadas", com o acessório e não com aquilo que é fundamental. E a nossa Comunicação Social, em vez de trazer a debate aquilo que é de facto importante abordar, só dá destaque a "futebois" e a noticias sensacionalistas, que, se analisarmos mais profundamente, pouco fundamento têm...Nos últimos dias só tem dado destaque ao penalti... Que triste país este...
quarta-feira, 25 de março de 2009
Um Desabafo!!
Bem...Hoje vou falar de um assunto que não costumo falar. Vou falar de futebol. Quero apenas desabafar com os leitores deste blogue algo que já me anda a irritar: Será que não há outro assunto para falar neste pais que não seja a final da Taça da Liga e o erro do Árbitro Lucidio Batista? Estou farto de tanta "conversa de Xáxa" que não leva a lado nenhum...
Devo dizer, para aqueles que ainda não sabem, que sou sportinguista. Fiquei, como é evidente, triste e revoltado com o erro do arbitro que deu a taça ao Benfica. Mas a vida continua. Tudo não passa de um jogo de futebol.
Lucidio Bastista já admitiu o seu erro.Isso a mim basta-me. Errar é humano. É incompreensivel que o homem receba ameaças de morte... Mas estamos onde?Está tudo doido?
Custa-me que haja pessoas que se preocupem mais com o futebol do que com outras coisas mais importantes.Muito destas têm vidas miseráveis. São exploradas e maltradas no trabalho. Mas o que lhes interessa isso? O que interessa é que o seu clube ganhe. O sacana não é o patrão que os explora, mas sim o árbitro que rouba o seu clube! Que importa que o Portugal e o Mundo estejam em crise profunda e que estejam ou venham a estar desempregados? Se o seu clube ganhar o campeonato, tudo o resto é secundário...
De facto, não é por acaso, que continuamos a ser um dos paises mais atrasados da Europa. Não, caro amigo Renato, a culpa não é só dos Governos PS e PSD, como gostas constantemente de referir. A culpa também é das pessoas que com este tipo de mentalidade tacanha, não ajudam nada a que Portugal venha a ser um dia um país verdadeiramente europeu...
Devo dizer, para aqueles que ainda não sabem, que sou sportinguista. Fiquei, como é evidente, triste e revoltado com o erro do arbitro que deu a taça ao Benfica. Mas a vida continua. Tudo não passa de um jogo de futebol.
Lucidio Bastista já admitiu o seu erro.Isso a mim basta-me. Errar é humano. É incompreensivel que o homem receba ameaças de morte... Mas estamos onde?Está tudo doido?
Custa-me que haja pessoas que se preocupem mais com o futebol do que com outras coisas mais importantes.Muito destas têm vidas miseráveis. São exploradas e maltradas no trabalho. Mas o que lhes interessa isso? O que interessa é que o seu clube ganhe. O sacana não é o patrão que os explora, mas sim o árbitro que rouba o seu clube! Que importa que o Portugal e o Mundo estejam em crise profunda e que estejam ou venham a estar desempregados? Se o seu clube ganhar o campeonato, tudo o resto é secundário...
De facto, não é por acaso, que continuamos a ser um dos paises mais atrasados da Europa. Não, caro amigo Renato, a culpa não é só dos Governos PS e PSD, como gostas constantemente de referir. A culpa também é das pessoas que com este tipo de mentalidade tacanha, não ajudam nada a que Portugal venha a ser um dia um país verdadeiramente europeu...
terça-feira, 24 de março de 2009
Vanitas vanitatum omnia vanitas
A entrada anterior leva-me a falar de outra coisa que me deixa perfeitamente perplexo. Isto já ocorre há alguns anos a esta parte. Agora virou moda os Governos (ora é PS, ora é PSD) e das Câmaras Municipais fazerem enormes outdoors e cartazes (aos milhares) para anunciar obra feita, e obra a fazer. Ou a ser feita. O Programa Novas Oportunidades é um bom exemplo disso. Lá para baixo para o Terreiro do Paço, ou Praça do Comércio, como preferirem, António Costa decidiu pôr umas tarjas enormes em volta da obra a dizer que o Tejo não podia esperar mais. E não, tem razão. Pelo menos Lisboa fará a sua parte na reabilitação de um dos rios e dos estuários mais lindos do mundo. O que me deixa perplexo não é nada disto. Algumas medidas quer do Governo quer da Câmara Municipal de Lisboa, deixa-me satisfeito. Sou rezingão, mas não sou parvo. O que me deixa enojado é o facto de hoje em dia se anunciarem obras ou programas ou outros de uma forma tão marketinguizada, tão cheia de basófia, como se não fosse obrigação dos que os eleitores elegem fazer essas coisas... Se já à muito se reclamava uma oportunidade dos que se ficaram pelo ensino básico ou secundário há muitos anos para obterem algo mais ao nível da sua formação pessoal e profissional, isso era uma obrigação do Governo. Não um bónus. Se há muito se reclamava pela retirada dos esgotos (um verdadeiro nojo) de fronte da Praça do Comércio, ou Terreiro do Paço, como preferirem, isso era uma obrigação da Câmara, não um bónus. O que eu retiro desta mediatização da obra feita pelos Governos e pelas Câmaras, é que "eu não tenho nada para apresentar, mas olhem, fiz isto; ou estou a fazer". Sinceramente, creio que os Governos tem determinadas obrigações. E uma delas, é melhorar as nossas condições de vida. Isso não tem que ser basofiado. Tem que ser feito. Ponto. Estes outdoors e estes cartazes todos dizem-nos que a basófia e a vã glória é mais que muita. "Estamos todos inchados por ter feito isto. Falta o resto, mas nós fizemos isto. Vejam esta beleza de cartazes... UAU! Fomos nós que fizemos isto!". Francamente, creio ser esta a mensagem que tentam passar. Percebo perfeitamente o que querem fazer. Querem fazer do poder uma campanha permanente, contando-nos tudo o que fazem, vangloriando-se como quem não tinha que o fazer, mas fez. Isto é errado. É mesquinho. É estúpido. Os órgãos nacionais são eleitos para fazer. E fazer bem. E não têm que anunciar aos sete ventos o que vão fazer ou o que estão a fazer. A isso chama-se vaidade.
Mais aldrabice, mais eleitoralismo
Sócrates continua a desdobrar-se em múltiplas campanhas dentro de uma mais gigantesca que é a sua recandidatura ao cargo de primeiro-ministro. Continua a aldrabar os portugueses, como o fez na campanha que lhe deu a maioria absoluta.
Desta feita foi ao Centro de Serviços Partilhados da multinacional Solvay (claro...haveria de ser num bairro social qualquer...), das áreas da energia química, farmacêutica e plásticos, em Carnaxide, dizer que, passo a citar, "os 25 mil estágios profissionais para jovens existentes em 2008 serão aumentados para 40 mil em 2009". Claro que sim, aldrab..., perdão, Sócrates. Claro que sim. Como foram introduzidos os 150 mil empregos, como foram reduzidos os impostos, como foi alterado o Código do Trabalho do Bagão, etc.. Claro, Sócrates. Claríssimo, até. Para quem quer ver, obviamente. Há aqueles, também, que acreditam em tudo o que ouvem, desde que desejem muito ouvir aquilo.
Continuo a adorar ouvir como tudo o que é mau é culpa do que se passa a nível internacional, mas tudo o que de bom se passa é fruto da coragem, visão, talento, engenho e arte do Governo português!
Letargia absoluta
Para mim, a fraca adesão a este protesto tem, repito, para mim, uma componente sociológica mais profunda. Todos os dias oiço colegas meus, deslocados ou não, dizer que mal conseguem pagar as propinas. Às vezes nem conseguem mesmo. E têm que implorar para pagar a prestações. E não protestam. Porquê? Aqui reside a tal componente sociológica, grave, de que falava. A maioria dos jovens de hoje estão-se borrifando para a política. E não só. Para o próprio funcionamento da democracia, o que é mais grave ainda. Alienaram-nos de tal maneira, que o cérebro deles já pouco se move sem ser para o marranço, para jogar às cartas e sair à noite. E pouco mais. Impingiram-lhes o "caminho sagrado da prosperidade" e saem como carneiros das faculdades, sem capacidade reivindicativa. Há colegas meus que se queixam todos os dias por não terem dinheiro para as propinas, pelas condições das suas faculdades, por não terem um apoio da Acção Social forte. Julgam que foram ou vão manifestar-se? Dizem que não vale a pena... A questão é quem lhes incutiu este derrotismo, esta antítese da luta democrática. Eu sei. Pelo menos, conjecturo...
Esta letargia que se apoderou desta gente, não só dos estudantes, pode, um dia, sair-nos cara. Esta não involvência em questões essenciais da nossa sociedade, da nossa cultura, põe em causa o futuro e a nossa capacidade de reagir às situações adversas. Permite a outros decidirem por nós, porque lhes entregamos essa capacidade de decisão de bandeja. A democracia faz-se por todos. Não só pelas cúpulas do poder.
segunda-feira, 23 de março de 2009
E a saga continua...
Confesso que esta questão sobre a eleição do novo Provedor de Justiça não me suscita um interesse assim tão grande. E não me suscita esse tal interesse tão somente porque acho que é um cargo que não tem tido grande relevância na vida política e social portuguesa, para não dizer nenhuma. Desengane-me e contra-argumente quem saiba. Não tenho grande impressão do cargo, confesso. Porém, quero afirmar que poderia ser um cargo da maior importância para o país, não fosse o seu relativo apagamento da vida pública, quer na discussão política, quer na nossa comunicação social. Mas, hellas, não o é.
O que salta à vista de todo este processo é a intransigência de ambos os partidos do centrão em aceitarem as propostas um do outro. Confesso que quer Jorge Miranda quer Laborinho Lúcio não seriam as minhas escolhas, mas não posso dizer que os nomes sejam descabidos. Todo este processo está é a ser muito mal conduzido, com os nomes a virem para a praça pública e andarem a ser joguetes, duas pessoas conceituadas e respeitáveis, do centrão bicéfalo (e acéfalo, ao mesmo tempo) que temos. Eu diria que o problema é deles (de ambos os "candidatos"), mas creio que a sua sujeição a esta novela só os fragilizará na condução do cargo, se algum dos dois ainda estiver disponível -e com vontade- para o mesmo...
Só não há discussões quando se trata de mandar ex-governantes e apaniguados de ambos os partidos para as direcções das empresas públicas; aí o acordo é tácito. Ora pões tu um, ora ponho eu outro. E assim enchem os bolsos dos seus boys. Esses sim, gente de respeitabilidade duvidosa... Como aquela besta daquela figura sinistra que é Armando Vara... Entre outros... Muitos...
Este processo tem que terminar quanto antes. Não pela graça que eu ache a esta degladiação pública (e patética) dos dirigentes dos dois partidos do centrão, porque até me rio com vontade, mas pela degradação pública da imagem de duas pessoas que merecem mais respeito.
Vergonha no Tibete
Peço as minhas maiores desculpas aos leitores que este blog tiver pela pouca e espaçada produção que tem vindo a haver pela parte do mesmo. Isto deve-se ao facto de trabalhar e estudar ao mesmo tempo e nem sempre poder vir ao mesmo com a frequência que desejava (muito). Vai-se fazendo o que se pode. Ao contrário de outros bloggers, cuja a frequência de entradas é tão grande que chego a ter dúvidas da sua real produção laboral. Basta ver no jornal Público Online para se avaliar tal facto, através dos pings efectuados no Twingly. Mas enfim... Adiante.
Escrevo esta entrada para divulgar, tal como vem no Público Online, hoje, a vergonha que veio a lume sobre o que se passou no território ocupado e oprimido do Tibete, fez agora um ano. A repressão brutal, violenta, sangrenta, assassina de uma nação onde os direitos humanos são uma miragem, onde a liberdade política está decepada, onde os media são regidos pelo Partido Comunista Chinês. Esta vergonha, tantas vezes perpetrada e tantas vezes silenciada pela China e tantas vezes ignorada pelos nossos "grandes" líderes mundiais, não pode continuar. Que se plantem umas jazidas de petróleo por lá para os cérebros inactivos dos nossos "grandes" líderes mundiais porem dois ou três neurónios a funcionar! ENA PÁ!! DOIS OU TRÊS!!, dirão alguns. Pois, é certo que posso estar a cometer um exagero infundado, mas creio que pelo menos um terão. Senão, como manteriam as funções vitais dos seus corpos?
A vergonha continuará até os nossos "grandes" líderes mundiais entenderem que as questões económicas são mais importantes que o próprio facto da nossa existência humana. Isto tem que cessar... Estas imagens têm que pertencer a um passado enterrado. Urgentemente.
LIBERTEM O TIBETE!!!!
terça-feira, 10 de março de 2009
Foram os Governos PS e PSD que venderam a sáude
As clínicas de sáude privadas andam muito incomodadas por receberem a ralé nos seus limpos consultórios. Para quem cause espanto disto da saúde ser um negócio, há muito que certas forças políticas vinham alertando para o facto da privatização da saúde ser um mau negócio para os portugueses. Bom, quando digo portugueses, digo a esmagadora maioria... Porém, há para aí uns galifões anafados a quem a crise passa ao lado com uma velocidade estonteante... A esses, até podiam operá-los com untensílios de ouro que não pestanejavam na hora de pagar... Mas a grande maioria da população, necessita de um BOM sistema de saúde público para todos, gratuito. O que se está a passar agora com esta história da reprodução medicamente assistida, não é nada que essas mesmas forças políticas não tenham também alertado. Sendo que os sucessivos Governos PS ou PSD venderam a nossa saúde aos grandes grupos económicos, com quem fizeram alguns acordos, recorrem agora a eles por falta de meios materiais (que, também, os próprios Governos criaram). Sendo assim, estão a colher o que semearam. Diria que é bem feito, não fora a gravidade de se estar a brincar com um tema tão delicado como a sáude. O Governos que nos venderam o futuro, são conhecidos de todos. Desde a educação até à saúde, passando pelo emprego e outros items, venderam-nos com toda a pompa e circunstância. Agora, as clínicas privadas deixam-lhes um valente: LIXEM-SE!! para que possam ver a merda onde nos meteram.
Do outro lado da barricada estão os "senhores" do capital, que apenas olham o lucro, doa a quem doer. Bom, e neste caso da saúde, é mesmo "doa"...
A demagogia está a pssar por aqui
A graciosa Manuela Ferreira Leite anda a desdobrar-se em discursos e palavreados (seguindo, talvez, o conselho que Marcelo Rebelo de Sousa lhe deu para sair mais da toca) para tentar inverter o sentido das sondagens que grassam em ano de eleições várias. A Manelinha sabe que tem que fazer oposição, e pouco lhe interessa o como. É preciso é que a finalidade seja obtida com pompa. E títulos de noticiários. Volta, desta feita, a colocar o ênfase sobre as obras públicas que o Governo já anunciou. Mal ou bem, o Governo tenta criar algumas soluções para a retoma da oferta de emprego, e as obras públicas são um bom estímulo. Pode, enfim, contestar-se se o que é preciso é um aeroporto ou o TGV, ou mais escolas públicas, mais hospitais, mais centros de saúde, mais centros de apoio aos idosos, mais habitação para jovens, etc.. Para mim é claro que as prioridades deviam ser as do segundo grupo. Ou seja, concordo com o Governo de que é preciso investimento público nesta altura de crise, mas discordo das prioridades impostas por este. Já com Manuela Ferreira Leite, discordo em tudo. A Nelinha faz-me lembrar um determinado senhor que estava na bancada da oposição e desancava contra o governo de Durão/Portas e, depois, o de Santana/Portas por causa do Código de Trabalho e dos ataques à função pública, entre outras coisas... Vejam o que esse rapazinho anda a fazer agora... Ao que tudo indica, a Manelinha também anda a fazer para aí demagogia aos molhos. Só espero que os seus acessores tenham trazido os saquinhos dos dejectos para apanhar os pedaços de demagogia para não sujarem o chão por onde ela passa...
segunda-feira, 9 de março de 2009
Cavaco, aquela máquina (parada e enferrujada)
Cavaco anda por aí há três anos a passear por um país que, ao ouvirmos o que ele diz sobre Portugal, devia desconhecer profundamente. Anda por aí a apregoar aos ventos, palavrinhas bonitas e de circunstância vindas de uma figura que betonizou o país, com alguns sucessos mas muitos insucessos também, que desprezou o cidadão, que desprezou o país profundo, como agora se verifica. E é isso o que mais me enoja. Cavaco anda a aproveitar, e acho muito bem que o faça, o seu mandato de Presidente da República para conhecer melhor o nosso país, ir para fora, cá dentro. E faz muito bem, pois o nosso país tem recantos de uma grande poesia para descobrir. Mas essa hipocrisia que encerra o andar por aí a dizer que se podia ter feito isto ou aquilo, ou que se deve urgentemente fazer, tem por trás uma tentativa de ilibação histórica ao que foram os seus dez (10!!!!) anos de governação, oito deles em maioria absoluta. Cavaco anda pelo interior, e diz que o interior anda esquecido (pelos vistos, não andava quando ele era primeiro-ministro, conclui-se). Esquece-se que ele foi o pioneiro a fazê-lo. Cavaco desdobra-se a dizer o que se pode fazer, entenda-se por Sócrates, mas não fala do que podia ter feito. Um dia as biografias dirão coisas espantosas deste senhor, mas a mim não me envenenam. Nunca em tempo algum em Portugal jorraram tantos milhões da UE, á data CEE, para apoios ao desenvolvimento do país. Cavaco pegou neles e fez auto-estradas. Para que constasse no seu curriculum. Cavaco deu, mas Portugal não recebeu. Quem recebeu, e muito, foram os grandes empresários, que aproveitaram para meter ao bolso sem nunca ninguém lhes pedir contas dos dinheiros que lhes deram. Qauntos empregos criaram e para onde foi o dinheiro. Eles foram jipes, casas e casarões, latifúndios e solares. Os portugueses acharam bem, e meteram Cavaco em Belém. Cavaco agradeceu. E foi conhecer melhor a merda que fez ao país. Não fora a vitalidade de algumas forças locais no interior do país, já este estaria oco, sem miolo, sem interior, há muito tempo.
Agora, Cavaco anda a apregoar para que hajam entendimentos entre os patrões e os trabalhadores. Quem despede sem justa causa, mas por razões de reajustes devido à situção económica actual, entende-se o que está a fazer: a despedir gente que estava com vínculos estáveis às empresas para os substituirem, quando esta história da crise acabar, por trabalhadores precários, a receberem menos, para a sua engorda ser maior. E como eles já estão anafadinhos... Mas Cavaco deixa uma palavra de "incentivo": "deixo-vos a minha solidariedade, o que é pouco, mas não tenho mais para dar." Ou seja, nunca fiz nada por vós, também não é agora que vou fazer, pois quero ter outro mandato e tenho que me mexer com pinças. Para além disso, a minha laia é a dos Oliveiras e Costas, dos Dias Loureiros e dos Valentes de Oliveiras... É isto que Cavaco pretende dizer. Não tem nada na manga, nem um bocadinho de esperança para dar à pessoas. Tem tanto para lhes dar, como lhes deu durante as suas governações: uma mão cheia de nada. No entanto, teve, e tem, muito para dar aos seus ex-compinchas de governo. OH! A esses a mão estende-se como um guindaste, pronto a puxá-los das suas falcatruas. Alguém do público retorque a Cavaco: "Olhe por nós, pela classe operária, estamos a viver uma situação traumatizante", disse uma das manifestantes, pedindo que "as empresas que despedem funcionários sem razão sejam investigadas"... OH CAVACO! TU NÃO TE METAS NISSO!! Ainda ias descobrir o que os teus comparsas andam a fazer...
Assim vai o país; Cavaco com aquele sorriso (ou esgar...não...sim...é mais um esgar) patético na face, é a imagem de uma pessoa despreocupada com o seu passado, presente ou futuro. Pelo contrário, o desespero das pessoas aumenta... Ainda por cima com respostas "solidárias" e de "incentivo" como aquelas que Cavaco lhes dá... A quem ele dá bons incentivos é aos empresários. E percebe-se porquê.
Carolina vs. Papa
A macacada continua. Enquanto o senhor do clube regional do Porto se pavoneia sem tentar provar a sua inocência, mas sim tentando questiúnculas processuais que o ilibem, Carolina Salgado, por quem não meto as mãos no fogo, nem sequer num tacho de água morna, é insultada. E insultada porquê? Por causa do seu passado menos correcto ao luz desta sociedade extremamente conservadora? Não. Por muito que pudesse ser, não é por essa razão. Ela é sistematicamente insultada porque mexeu com o Papa, o homem forte da corrupção em Portugal, o homem por trás de "quinhentinhos", de guardas-abéis, o homem da piada fácil e ordinária e de quem os senhores submissos da comunicação social adoram rir. Esse senhor nunca será insultado, porque representa o medo, o feudalismo, o crime. Quem são insultados são os que se metem com ele. É assim com o personagem sinistro que é Carolina Salgado, mas seria assim com qualquer outro que tentasse algo contra o Papa. Parece que as condenações públicas e o Santo Ofício regressaram em força. Não só neste caso, mas em outros bem conhecidos, ou menos. Parece que se querem queimar pessoas na fogueira, como se fez outrora. Vai-se para a porta de um tribunal insultar-se e caluniar-se os outros. Com ou sem razão, essas pessoas são a vergonha dos avanços civilizacionais, são da mais baixa rês humana. Só lhes falta os ancinhos, as gadanhas, as enxadas e um archote na mão. Assim vai Portugal, Estado de Direito..., mas pouco.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
O fantasma da Imigração
Em qualquer lugar, de qualquer cidade, nos deparamos com mentes que, não ostentando cabeças rapadas, argumentam da forma mais vil e sem consistência, argumentos fascistas, xenófobos e racistas, quando é óbvio o crescimento de Portugal desde meados dos anos 1990, baseado na mão-de-obra imigrante. A partir do momento que se pensou em construir, em catadupa, como se de cogumelos se tratassem, prédios e obras públicas e privadas, a mão-de-obra imigrante foi a salvaguarda para o enriquecimento dos grandes senhores deste país, em particular, e da Europa, em geral. Basta que se pesquise devidamente estes factos, seja no INE, em observatórios de investigação, artigos na net, etc, que esta realidade se torna tão clara como 1+1=2. Segundo dados do ACIDI, a mão de obra imigrante, em tempo de crise e de despedimentos colectivos, é a primeira a ser dispensada; outra realidade é também o facto de, os imigrantes em Portugal, representarem metade daqueles que, sendo portugueses se encontram no estrangeiro a trabalhar, e que têm as mesmas aspirações que os que chegam ao nosso país.
Creio que a comunicação social devia ter um papel mais imparcial e justo na informação que é passada às populações. A verdade é que raramente pomos em causa aquilo que o jornalista informa, principalmente quando falamos em meios televisivos. Nem sempre a notícia é tal e qual como está a ser dita. Só para exemplificar, quando há uns anos se noticiou o “arrastão”, ouviu-se falar em 500 indivíduos negros, numa praia de Carcavelos, a espalhar o terror. Quando, um ou dois dias depois, entidades de segurança pública vieram abordar o assunto, informando que não se tratava de 500 mas de 15 ninguém deu importância - quando falo no assunto com outras pessoas, não encontro ninguém que se recorde desta segunda notícia. As generalizações de que qualquer ser humano se serve para categorizar o seu quotidiano, são grandemente influenciadas por situações semelhantes a esta. É mais fácil justificar um acto violento e criminoso com base no “estes tipos não valem nada e deviam ir para a terra deles”, do que pensar em desmistificar estas coisas e pensar que todas as manhas, centenas de mulheres e homens imigrantes acordam para servir o país por um ordenado tão miserável que muitos portugueses são incapazes de aceitar. Há pessoas boas e más em qualquer lado – existem indivíduos de palitó, sentados nas suas secretarias a administrar o país e as suas empresas, que nos roubam directamente do bolso e nós vemos impávidos e serenos. Esses são tão ladrões, criminosos e vigaristas como qualquer jovem delinquente que cresceu num bairro social com baratas a passearem na cozinha, casas essas facultadas pelo Estado mas onde os senhores governadores não gostariam de viver (como qualquer outro cidadão que saiba o que é viver em situações condignas)? Creio que não, são bem piores - a diferença é que têm um sistema que os protege e permite que sejam corruptos, debaixo das nossas barbas.
Creio que a comunicação social devia ter um papel mais imparcial e justo na informação que é passada às populações. A verdade é que raramente pomos em causa aquilo que o jornalista informa, principalmente quando falamos em meios televisivos. Nem sempre a notícia é tal e qual como está a ser dita. Só para exemplificar, quando há uns anos se noticiou o “arrastão”, ouviu-se falar em 500 indivíduos negros, numa praia de Carcavelos, a espalhar o terror. Quando, um ou dois dias depois, entidades de segurança pública vieram abordar o assunto, informando que não se tratava de 500 mas de 15 ninguém deu importância - quando falo no assunto com outras pessoas, não encontro ninguém que se recorde desta segunda notícia. As generalizações de que qualquer ser humano se serve para categorizar o seu quotidiano, são grandemente influenciadas por situações semelhantes a esta. É mais fácil justificar um acto violento e criminoso com base no “estes tipos não valem nada e deviam ir para a terra deles”, do que pensar em desmistificar estas coisas e pensar que todas as manhas, centenas de mulheres e homens imigrantes acordam para servir o país por um ordenado tão miserável que muitos portugueses são incapazes de aceitar. Há pessoas boas e más em qualquer lado – existem indivíduos de palitó, sentados nas suas secretarias a administrar o país e as suas empresas, que nos roubam directamente do bolso e nós vemos impávidos e serenos. Esses são tão ladrões, criminosos e vigaristas como qualquer jovem delinquente que cresceu num bairro social com baratas a passearem na cozinha, casas essas facultadas pelo Estado mas onde os senhores governadores não gostariam de viver (como qualquer outro cidadão que saiba o que é viver em situações condignas)? Creio que não, são bem piores - a diferença é que têm um sistema que os protege e permite que sejam corruptos, debaixo das nossas barbas.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Ensaios
Sorvi mais um golo daquele licor amargo que me arde no estômago. Era como se milhares de espinhos me ferissem as entranhas. À minha volta uma imensidão de gente envolta num fumo e numa luz amena se perdia em conversas de bar enquanto davam os seus goles nas bebidas corrosivas. Eu perdia-me na minha. Sinto-me anestesiado e gosto. Sinto que pairo no ar, sentado naquele banco, e toco as estrelas. Entro numa galáxia e o escuro que me envolve adormece-me. Sou acordado pelo empregado do bar, com um berro. Já me conhece e sabe que tenho esse hábito, o de me perder. “Não quero ter de te levar a casa outra vez. Não te sirvo mais nenhum copo!”, disse, mas não liguei, ainda tinha o meu licor a meio. Vi que as paredes giravam e me embalavam de volta à galáxia, perto das estrelas. Senti-me pequeno. Dei mais um trago daquele licor que corrói e senti-me aquecido nos braços dela. Toquei no seu cabelo loiro e nos seus caracóis soltos e no peito da minha mãe encontrei-me reconfortado. Cantava ao meu ouvido a música de berço que já não me lembrava. Disse-me “Está tudo bem” e acreditei. Acho que estive nos seus braços longas horas, adormecidas. Senti o seu calor e a mão áspera do trabalho que acarinhava o meu tormento e o sossegava. Acordei contrariado, pela voz que me expulsava, mas ainda sentia aquele cheiro, aquele toque aquele sussurro.
O frio da rua gelou-me os ossos. Cambaleei até à esquina e apoiei-me no poste que iluminava a rua. Conseguiria chegar até casa? Faltavam alguns quarteirões…
Um pouco mais à frente vi um homem encolhido pelo frio, nas escadas de um prédio. Cambaleando, procurei uma moeda no meu bolso e estendi-lha e prossegui o meu caminho. Deparei-me com um percurso longo mas sabia que ele não demorava mais de 10m a ser percorrido. Parei a meio e ergui o pescoço para o céu que me cobria. Queria voltar e pairar mas o gelo que sentia não me deixava perder. Apoiei-me na parede e tacteei as ruas até casa. Empurrei a porta sem fechadura e subi as escadas de joelhos até à porta que me introduzia naquilo a que eu chamava casa. Sem forças e zonzo, tirei os sapatos e deitei-me na cama fria e vazia. O escuro do quarto acomodou-me à minha solidão costumeira e gemi por isso. Estava só, mais uma vez. Peguei no frasco que deixava todas as noites debaixo da almofada e bebi tudo. Sabia que ia voltar a pairar nas estrelas. E lá estava ela, dizendo-me ao ouvido “O amor sussurra”.
O frio da rua gelou-me os ossos. Cambaleei até à esquina e apoiei-me no poste que iluminava a rua. Conseguiria chegar até casa? Faltavam alguns quarteirões…
Um pouco mais à frente vi um homem encolhido pelo frio, nas escadas de um prédio. Cambaleando, procurei uma moeda no meu bolso e estendi-lha e prossegui o meu caminho. Deparei-me com um percurso longo mas sabia que ele não demorava mais de 10m a ser percorrido. Parei a meio e ergui o pescoço para o céu que me cobria. Queria voltar e pairar mas o gelo que sentia não me deixava perder. Apoiei-me na parede e tacteei as ruas até casa. Empurrei a porta sem fechadura e subi as escadas de joelhos até à porta que me introduzia naquilo a que eu chamava casa. Sem forças e zonzo, tirei os sapatos e deitei-me na cama fria e vazia. O escuro do quarto acomodou-me à minha solidão costumeira e gemi por isso. Estava só, mais uma vez. Peguei no frasco que deixava todas as noites debaixo da almofada e bebi tudo. Sabia que ia voltar a pairar nas estrelas. E lá estava ela, dizendo-me ao ouvido “O amor sussurra”.
Por Clara Coelho
Em memória de Al Berto
Deixo aqui um link para aceder ao integral de um poema, "TRÊS CARTAS DA MEMÓRIA DAS ÍNDIAS". Na altura, há alguns anos, era a segunda vez que lia Al Berto, e confirmei, mais uma vez, que este era uma poeta incomparável, tão esquecido nos nossos dias. Temos aqui uma mente brilhante, uma escrita viciante. Al Berto deixou-nos em 1997.
"O Corvo" de Edgar Allan Poe - Tradução de Fernando Pessoa
O CORVO
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais, E já quase adormecia, ouvi o que parecia O som de alguém que batia levemente a meus umbrais «Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais. É só isso e nada mais.» Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro, E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais. Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais — Essa cujo nome sabem as hostes celestiais, Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo, «É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais; Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. É só isso e nada mais».
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante, «Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais; Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo, Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais, Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais. Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando, Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais. Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, E a única palavra dita foi um nome cheio de ais — Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais. Isto só e nada mais.
Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo, Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais. «Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela. Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.» Meu coração se distraía pesquisando estes sinais. «É o vento, e nada mais.»
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça, Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais, Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais. Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura Com o solene decoro de seus ares rituais. «Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado, Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais! Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.» Disse-me o corvo, «Nunca mais».
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro, Inda que pouco sentido tivessem palavras tais. Mas deve ser concedido que ninguém terá havido Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais, Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais, Com o nome «Nunca mais».
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto, Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais. Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais». Disse o corvo, «Nunca mais».
A alma súbito movida por frase tão bem cabida, «Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais. Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais, E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais Era este «Nunca mais».
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura, Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais; E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais, Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais, Com aquele «Nunca mais».
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo À ave que na minha alma cravava os olhos fatais, Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais, Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais, Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais. «Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!» Disse o corvo, «Nunca mais».
«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta! Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais, Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais, Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!» Disse o corvo, «Nunca mais».
«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte! Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!» Disse o corvo, «Nunca mais».
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha, E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais, E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais, Libertar-se-á... nunca mais!
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
O Betinhos Andam Aí...
A Juventude "Social Democrata"(?) decidiu lançar uma campanha contra o Governo do Partido "Socialista" e de José Sócrates. É difícil discernir onde começa a hipocrisia e o cinismo... Uma juventude partidária de um partido que, como o PS, não tem feito outra coisa senão aldrabar e sonegar as esperanças aos portugueses, vem agora com uma campanha nojenta a atacar o que eles próprios fazem. Haja decoro... Haja honestidade...
Capitalistices...
Não posso negar que fico com um ligeiro esgar de satisfação no rosto quando oiço capitalistas acérrimos virem-se com frases como esta... O falhanço total do capitalismo está à vista. Mas penso, e como toda gente faz profecias hoje em dia, sobretudo os economistas mais encostados à direita, que diziam que isto ia ser um mar de rosas, há uns anos, dizia eu, então, que penso, sinceramente, que o pior ainda está para vir. Com a confluência de todos estes factores como a precariedade (ninguém me tira da cabeça que estes despedimentos de efectivos só servem para contratar, daqui a meses ou um ano, trabalhadores com vínculos precários), o desemprego massivo, o descontentamento popular a radicalizar-se, as alterações climáticas que vão ter implicação no nosso dia não daqui a muito tempo, a concentração de fortunas nas mãos de poucos, e outros factores mais, daqui a alguns tempos a situação tornar-se-á insustentável. Para já, já vamos levando com Basílios Hortas a dizerem que não sabem o que hão-de fazer. Quando toca a extorquir aos trabalhadores, isso está na ponta língua. Meus caros, o tempo resolve tudo. Para melhor ou para pior. Mas o seu curso é inexorável, tornando as coisas futuras inevitáveis. Repito, melhores ou piores. Mas isso compete-nos a nós...
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Quer PS ou PSD?
Acho que o Pedro Passos Coelho quer ser Primeiro-Ministro... Ouvi dizer por aí... Ah!!, foi ontem na entrevista ao Mário Crespo! Bom, mas que dizer? O tipo, engravatado, claro, cunho de todos aqueles que são honestos, lá veio dizer que está disponível para sê-lo. E há malta que vai atrás disto... Para quê, pergunto eu? Para mudar as moscas e a merda pemanecer a mesma? Eu bem me lembro que bem falava o Sócrates tempos antes de ir para ao cargo de Primeiro-Ministro... Que bem que ele soava... Mas os interesses destes senhores é claro, e nada vai mudar se PS ou PSD forem Governo. É pena as pessoas não se mentalizarem disto... Mas democracia é democracia, e há que respeitar...
Lá Vai a Fatinha, Com a Saia Côr do Mar!
Apesar de estar em julgamento há demasiado tempo, diga-se, a nossa querida Fatinha continua a gamar os cofres da Câmara de Felgueiras para gáudio de todos aqueles que adoram a macacada e continuam a votar em macaquinhos para exercer o poder em Portugal. O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República veio hoje a terreiro dizer que, cito, "o eleito local apenas poderá exigir o pagamento das despesas [com processos judiciais] após a decisão final" e que "os pagamentos feitos noutras circunstâncias são ilegais, pelo que deve ser exigida a devolução das respectivas quantias". Entretanto o Público acrescenta que "um inquérito está já a correr no Ministério Público." Aguardamos com lágrimas nos olhos (de tanto rir, entenda-se) o que este inquérito e este julgamento vão dar.
P.S. - Uma última palavra para os felgueirenses; foram vocês que pediram uma Fatinha? Aturem-na!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Esquecimentos...
As notícias da manhã têm, por vezes, um peso tão grande que nos podem deixar ou com uma felicidade enorme estampada no rosto, ou com com um aspecto sorumbático e rezingão para o resto do dia. Há, ainda, as indiferentes. Ou que nos deixam indiferentes. Mas acordar com esta notícia, é obra... O que se sabe, e se está fartíssimo de saber, é que Sócrates é o simpático adepto de uma via de "socialismo" que não é a terceira, mas, se possível, uma quarta, quinta ou sexta. Uma via que deixa o grande capital de sorriso de orelha a orelha, que deixa os bancos ganharem o que não devem, que rouba ao Estado, ou seja a nós, que aumenta as taxas moderadoras da saúde indexadas a um valor meramente economicista, mas que deixa os bancos engordarem com "esquecimentos" pelos corredores do Ministério... As prioridades deste Governo são óbvias. E tornam-se cada vez mais, a cada dia que passa. Um bem haja aos banqueiros, que nos lixam mensalmente, e ao Governo, que o faz diariamente.
PS - Ainda à guisa desta história do aumento das taxas moderadoras: qualquer Governo verdadeiramente socialista já teria abolido algo que é perfeitamente injusto e injustificável. Com o dinheiro que é mal gasto o que serve para engordar os já anafados, haveria suficiente para o Estado garantir uma saúde gratuita e universal. Ainda para mais indexando o valor de aumento das taxas moderadores através de um indicador economicista e tendencioso. Perfeitamente aberrante. A vergonha segue dentro de momentos.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Macaquices...
Francamente... Ora então, nós, já nas nossas liberdades tão reduzidas, já nem podemos fazer sexo... Para mim, este estudo podia ser enfiado num sítio que eu cá sei. Hei-de fazer sexo muitas vezes, quantas vezes melhor, porque me dá um prazer dos diabos! Querem levar a nossa sociedade cada vez mais para a robotização. Seremos todos um rebanho de carneiros bem comportado e amorfo, para que quem ganha connosco, o capitalista anafado, possa ainda ganhar mais. Ai se um dia eles se lembrarem que o tempo que gastamos a copular podíamos estar a trabalhar...ui...aí é que vão ser elas... E se este estudo, porventura, não tiver esta índole maquiavélica que lhe estou a dar, então que venha esse cancro de prostata!!!!!!!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Partido..."Socialista"?
Eis o grande PS de esquerda, como alguns querem fazer crer! O PS, com a conivência dos partidos de direita, que se abstiveram por nojo, e os votos dos partidos de esquerda contra, aprovou o código de trabalho que queria que contivesse a norma de um período experimental de 180 dias, mas que "apenas" é de 90. Claro, os patrões até vão jantar fora para festejar o facto... Os desgraçados dos trabalhadores, esses, vêem a sua vida agravada, passando a estar ao dispôr dos magnatas para o que der e vier, por 90 dias. Ao fim desse período, porta fora com eles, que podemos pôr cá outros otários... É este o PS de esquerda que o próprio PS preconiza? Que esquerda é esta? A esquerda do patronato? A esquerda que reduz os direitos e nos torna carne para canhão dos empresários? A vergonha segue e seguirá dentro de momentos, com o PS a demonstrar que está mais à direita que nunca. E não venham acenar com o casamento entre casais do mesmo sexo. Medida de esquerda, social, certíssimo, mas curta para justificar que o PS seja, de facto, um partido de esquerda. Quem se quer enganar, que se engane. Quem quiser fechar os olhos e julgar que este é o PS que alguns construíram no passado, feche. Eu não. A direita, hoje, ganhou. Os trabalhadores perderam. Somos todos experimentáveis. Cada vez mais.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Obama
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
A lider Parlamentar Sensual...
Parece que a Lider Parlamentar do PP Espanhol, Soraya Saenz de SantaMaria posou em fotos sensuais para a revista dominical do El Mundo. Esta situação não seria anormal se o PP nao tivesse criticado há algum tempo atrás as Ministras Socialistas por terem feito o mesmo. Agora o PP, pela voz do seu lider Mariano Rajoy, vem afirmar que se calhar não devia ter criticado as Ministras... É caso para dizer: "pela boca morre o peixe" ou "nunca digas desta água não beberei.
De qualquer forma, Mariano Rajoy não tem que se envergonhar. A sua lider parlamentar é,com todo o respeito, como diriam alguns amigos meus mais idosos, "um malho do caraças"...
A força da Mudança!
Ontem o Secretário - Geral do PS José Sócrates apresentou a sua moção global de Estratégia. Não quero alongar-me muito em considerações sobre a mesma. Quero apenas destacar a defesa do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Esta tem vindo a ser uma bandeira da Juventude Socialista nos ultimos tempos. Fico satisfeito que o PS queira por fim a uma situação de descriminação. Uma das coisas que distingue a esquerda da direita é luta contra qualquer tipo de descriminações. Ao assumir esta posição, o PS demonstra uma vez mais que - por muito que custe a alguns senhores do Bloco de Esquerda e do PCP - é o grande partido da esquerda portuguesa.
domingo, 18 de janeiro de 2009
O "comentador"
Congresso do CDS-PP
Este fim-de-semana decorreu o Congresso do CDS-PP. Não vou fazer considerações políticas sobre o mesmo, porque não tenho vagar neste momento. Mas queria fazer uns apontamentos. O primeiro vem na forma de uma pergunta; como é possível um partido que não elegeu ninguém para Lisboa e conta com menos de metade da percentagem do PCP e do BE nas intenções de voto para as legislativas, tem 1200 delegados? Ai tanto betinho... Segunda observação, segunda pergunta; como é possível um partido que não elegeu ninguém para Lisboa e conta com menos de metade da percentagem do PCP e do BE nas intenções de voto para as legislativas consegue ter tanto tempo de antena nas televisões e ter honras de ter a comentadora política da SIC Anabela Neves e, pasme-se, o supra-sumo da informação da SIC, Ricardo Costa, no comentário, em directo, ao Congresoso? De quem é o interesse por trás disto? Quem move tanto meio para um partido moribundo? Quem quer isto? Bom, fica as questões, mas que cheira mal, cheira...
É claro que os hospitais serão privatizados...
Cheguei agora do Hospital dos Capuchos. Para sintetizar o hospital numa palavra, ocorre-me apenas esta: vergonha. Por várias razões. Para se entrar no serviço de dermatologia, tem que se descer uma rampa íngreme, cujas várias passagens das visitas, em dia de chuva, deixa, além disso, a rampa íngreme molhada. A minha namorada, ao descer esse íngreme e molhada rampa, deu um trambolhão que lhe rasgou a saia e lhe deixou um hematoma no rabo. As consequências podiam ser piores. Não obstante, naquela rampa já caíram muitas pessoas pela sua falta de segurança. E está assim há anos. Até funcionários do hospital lá se quedam... Já disse que caía água do tecto sobre a rampa? Assim é. Mas há mais. O pai da minha namorada, que lá está internado, pediu hoje uma toalha para se limpar depois do banho que queria tomar. O pedido foi-lhe recusado porque...não havia toalhas de banho... Em alternativa, deram-lhe um lençol de cama para se limpar... Mas a palhaçada continua. Segundo o relato da minha namorada e do seu pai, antes de eu ter chegado ao hospital a luz faltou várias vezes. Eram pequenas intermitências, de acender e apagar, mas eram suficientes para quebrar a luz. Como é possível isto acontecer num hospital?!?! Onde há gente ligada às máquinas?!?! A vergonha das vergonhas... Para terminar, as camas estão separadas por meio metro, a zona da dermatologia está degradada, as casa de banho são simplesmente horríveis, o cheiro é nauseabundo, etc....
Enfim, tudo isto para dizer que se percebe perfeitamente porque os hospitais são sistematicamente privatizados. Entende-se. Porque os governos PS e PSD tem esse objectivo nojento, deixam degradar os hospitais públicos para se fazer a transição com base nessas desculpas vergonhosas.
Obrigado a ambos pela saúde que temos. Obrigado.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Aparições do Senhor II
Sua Excelência, o Nosso Senhor Primeiro-Ministro, hoje esteve em Ovar a inagurar uma Unidade Familiar de Saúde. E lá disse que não vai haver vacilações na aplicação das reformas para a Saúde (mesmo nunca sabendo se estas são boas ou más...).
Mas lá apareceu outra vez na TV...
Tem Razão!
Andaram a fazer a vida negra ao homem, enquanto foi lider e ele agora paga na mesma moeda. Cada vez gosto mais de Luis Filipe Menezes. É um político corajoso e com espinha dorsal. E até tem razão naquilo que diz... A actual direcção do PSD, a começar pela dra. Manuela, é um desastre. A ele, por muito menos, quase o crucificaram. Curiosamente pelos mesmos que agora demonstram a sua incompetencia política...
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Aparições do Senhor I
Inauguro hoje, mas já devia ter inaugurado há meses, uma rúbrica à qual chamarei "Aparições do Senhor". Ora, esta rúbrica tem uma objectivo: assinalar as vezes que Sócrates aparece na televisão. Sendo que ele aparece todos os dias, a assinar protocolos, a fazer discursos prós velhinhos, a dar magalhães, etc., etc., etc., e eu tenho mais que fazer que ver todos os dias os telejornais, vou tentar fazer o melhor para assinalar as aparições do macaquinho na TV. Claro, em ano de eleições, o rapaz tem muito a prometer e para inagurar...
Hoje foi a dizer que os cuidados continuados vão ter mais camas.
A vergonha não cessa
Entretanto, o terror continua em Gaza. Hoje foram bombardeados hospitais, um edifício da ONU (onde arderam medicamentos e alimentos) e um edifício da Reuters, onde estavam muitos jornalistas, um dos quais ficou muito mal tratado.
ISRAEL = ASSASSINOS!
sábado, 10 de janeiro de 2009
(NOT SO)Funny Facts
Atenção ao Livro de Estilo!
Doze Regras de Redacção dos Grandes Media Internacionais quando a notícia é do Médio Oriente
1) No Médio Oriente são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. É inconveniente falar em «represálias» quando se tratar do exército israelita.
2) Os árabes, palestinianos ou libaneses não têm o direito de matar civis. A isso chama-se «terrorismo».
3) Israel tem o direito de matar civis. A isso chama-se «legítima defesa».
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedido. A isso chama-se «reacção da comunidade internacional».
5) Os palestinianos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso chama-se «sequestro de pessoas indefesas».
6) Israel tem o direito de sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinianos e libaneses desejar. Actualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter sequestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinianos. Isto chama-se «prisão de terroristas».
7) Quando se mencionam as palavras «Hezbollah» e «Hamas», é obrigatório a mesma frase conter a expressão «apoiado e financiado pela Síria e pelo Irão».
8) Quando se menciona «Israel», é proibida qualquer menção à expressão «apoiado e financiado pelos EUA». Isso poderia dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões «territórios ocupados», «resoluções da ONU», «violações dos Direitos Humanos» ou «Convenção de Genebra».
10) Tanto os palestinianos como os libaneses são sempre «cobardes», que se escondem entre a população civil. Se eles dormem nas suas casas, com as suas famílias, a isso dá-se o nome de «dissimulação» e «cobardia». Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles dormem. A isso chama-se «acção cirúrgica de alta precisão».
11) Os israelitas falam melhor inglês, francês, espanhol e português que os árabes. Por isso eles e os que os apoiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redacção (de 1 a 10) ao grande público. A isso chama-se «neutralidade jornalística».
12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são «terroristas anti-semitas de alta periculosidade».
Doze Regras de Redacção dos Grandes Media Internacionais quando a notícia é do Médio Oriente
1) No Médio Oriente são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. É inconveniente falar em «represálias» quando se tratar do exército israelita.
2) Os árabes, palestinianos ou libaneses não têm o direito de matar civis. A isso chama-se «terrorismo».
3) Israel tem o direito de matar civis. A isso chama-se «legítima defesa».
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedido. A isso chama-se «reacção da comunidade internacional».
5) Os palestinianos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso chama-se «sequestro de pessoas indefesas».
6) Israel tem o direito de sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinianos e libaneses desejar. Actualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter sequestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinianos. Isto chama-se «prisão de terroristas».
7) Quando se mencionam as palavras «Hezbollah» e «Hamas», é obrigatório a mesma frase conter a expressão «apoiado e financiado pela Síria e pelo Irão».
8) Quando se menciona «Israel», é proibida qualquer menção à expressão «apoiado e financiado pelos EUA». Isso poderia dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões «territórios ocupados», «resoluções da ONU», «violações dos Direitos Humanos» ou «Convenção de Genebra».
10) Tanto os palestinianos como os libaneses são sempre «cobardes», que se escondem entre a população civil. Se eles dormem nas suas casas, com as suas famílias, a isso dá-se o nome de «dissimulação» e «cobardia». Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles dormem. A isso chama-se «acção cirúrgica de alta precisão».
11) Os israelitas falam melhor inglês, francês, espanhol e português que os árabes. Por isso eles e os que os apoiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redacção (de 1 a 10) ao grande público. A isso chama-se «neutralidade jornalística».
12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são «terroristas anti-semitas de alta periculosidade».
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O Mundo Gira, E Tudo Muda
Fiquei muito sensibilizado ao ver, há pouco, no Jornal da Tarde da RTP1, o "socialista" Blair e o novo testa de ferro da direita, Sarkozy, juntos, juntinhos, juntinhos, numa conferência promovida por ambos sob o título "New World, New Capitalism", ou na versão Sarkoziana, "Nouveau Monde, Noveau Capitalism". Seja qual for a língua utilizada, percebe-se onde estão os "socialistas" dos Partidos "Socialistas" Europeus. Estão lá para as bandas da direita, claro, juntinhos a Sarkozy, Merkl, Berlusconi e outros que tais. Venderam-se por completo aos interesses, às motivações economicistas sem pestanejar. E já nem têm a vergonha de afirmar o Capitalismo como o caminho da iluminação. Ora, parece-me que o Socialismo e o Capitalismo são teses antagónicas. Assim não parecerá a Tony Blair, que se mexe como uma enguia pelo meio dos teses de direita.
Vendo-os ali, juntinhos, juntinhos, foi fofinho. Em busca da "moralização do capitalismo", citando Sarkozy. Como se o Capitalismo fosse moralizável... As provas são irrefutáveis, e foi graças à ganância do Capital que as coisas estão como estão. Mais pobreza, mais terceiro mundismo, menos classe média, mais riqueza concentrada, mais precariedade no emprego, menos emprego, mais luxos para poucos, mais miséria para muitos. Claro, mas vamos lá moralizar isto. Apimente-se com um bocadinho de religião, e voltemos aos tempos da bacoquice da outra senhora.
Mas vendo-os ali, juntinhos, juntinhos, dá-me ainda mais alento para lutar contra este marasmo de idéias dos centrões europeus, que vendem a alma pelo poder, que seguem as políticas dos magnatas, não dos partidos, que não discutem idéias novas, antes dão palmadinhas nas costas numa permanente concordância nojenta e mesquinha, como se o debate de idéias e ideologias estivesse morto e enterrado.
Vendo-os ali, juntinhos, juntinhos, dá-me a certeza que entre os Partidos "Socialistas" e Liberais europeus não existe uma única diferença, já que os distinga verdadeiramente. E isto dá-me uma enorme vontade de lutar contra este lodaçal instalado, contra este regime do silêncio imposto, da vigência da tese de que só uma política é possível. Não. NÃO! O Ser Humano é infidável de idéias e recursos, e RECUSO-ME a aceitar a idéia de que as coisas são assim e não se pode mexer nelas!
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Bloco de Esquerda - Uma análise certeira
Ler esta análise de Paulo Pedroso sobre o Bloco e a renovação da Esquerda. Concordo inteiramente com ele.
Guerra...
Confesso que sobre o conflito Israelo - Palestiano não tenho posição definida. Sinceramente, lamento que na análise deste assunto não haja alguma moderação e bom senso. Ou se é ferozmente pró - Israelita ou pró- palestiano.Não há meio termo.O que é, no minímo, um disparate... Neste conflito não há culpados nem inocentes. Os únicos inocentes são as pessoas que já morreram ou ficaram feridas por causa deste. Uma vida de um Palestiniano n vale mais q a de um Israelita e vice-versa.
Neste momento o que se passa é que existe uma organização terrorista chamada Hamas que envia rockets contra cidades israelitas. Este grupo terrorista n reconhece o direito à existência do estado de Israel e recusa-se a negociar. Usa as populações de Gaza como escudo de protecção. Os seu membros misturam-se com a população civil. Claro que estou a falar da arraia miuda do Hamas e não dos "mandões"( os seus principais dirigentes).Estes estão tranquilamente em Damasco na Siria...
Como já tem sido referido inúmeras vezes, esta reacção de Israel é completamente desproporcionada. Faz tanto sentido como matar uma osga com uma metralhadora. Israel nunca vai conseguir eliminar o Hamas desta forma. Esta Guerra só tem feito vitimas inocentes. A esmagadora maioria do povo de Gaza nada tem que ver com o Hamas. Só quer ter paz e uma vida com um minimo de dignidade. É injusto que esteja a sofrer por causa de um grupo de fanáticos e assassinos.
Estou perplexo perante a passividade da comunidade internacional. Esta devia exigir o cessar fogo imediato. Esta escalada de guerra n pode continuar. Sob pena de assistirmos a uma catástrofe humanitaria sem precedentes naquela região...
Neste momento o que se passa é que existe uma organização terrorista chamada Hamas que envia rockets contra cidades israelitas. Este grupo terrorista n reconhece o direito à existência do estado de Israel e recusa-se a negociar. Usa as populações de Gaza como escudo de protecção. Os seu membros misturam-se com a população civil. Claro que estou a falar da arraia miuda do Hamas e não dos "mandões"( os seus principais dirigentes).Estes estão tranquilamente em Damasco na Siria...
Como já tem sido referido inúmeras vezes, esta reacção de Israel é completamente desproporcionada. Faz tanto sentido como matar uma osga com uma metralhadora. Israel nunca vai conseguir eliminar o Hamas desta forma. Esta Guerra só tem feito vitimas inocentes. A esmagadora maioria do povo de Gaza nada tem que ver com o Hamas. Só quer ter paz e uma vida com um minimo de dignidade. É injusto que esteja a sofrer por causa de um grupo de fanáticos e assassinos.
Estou perplexo perante a passividade da comunidade internacional. Esta devia exigir o cessar fogo imediato. Esta escalada de guerra n pode continuar. Sob pena de assistirmos a uma catástrofe humanitaria sem precedentes naquela região...
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