segunda-feira, 9 de março de 2009

Carolina vs. Papa

A macacada continua. Enquanto o senhor do clube regional do Porto se pavoneia sem tentar provar a sua inocência, mas sim tentando questiúnculas processuais que o ilibem, Carolina Salgado, por quem não meto as mãos no fogo, nem sequer num tacho de água morna, é insultada. E insultada porquê? Por causa do seu passado menos correcto ao luz desta sociedade extremamente conservadora? Não. Por muito que pudesse ser, não é por essa razão. Ela é sistematicamente insultada porque mexeu com o Papa, o homem forte da corrupção em Portugal, o homem por trás de "quinhentinhos", de guardas-abéis, o homem da piada fácil e ordinária e de quem os senhores submissos da comunicação social adoram rir. Esse senhor nunca será insultado, porque representa o medo, o feudalismo, o crime. Quem são insultados são os que se metem com ele. É assim com o personagem sinistro que é Carolina Salgado, mas seria assim com qualquer outro que tentasse algo contra o Papa. Parece que as condenações públicas e o Santo Ofício regressaram em força. Não só neste caso, mas em outros bem conhecidos, ou menos. Parece que se querem queimar pessoas na fogueira, como se fez outrora. Vai-se para a porta de um tribunal insultar-se e caluniar-se os outros. Com ou sem razão, essas pessoas são a vergonha dos avanços civilizacionais, são da mais baixa rês humana. Só lhes falta os ancinhos, as gadanhas, as enxadas e um archote na mão. Assim vai Portugal, Estado de Direito..., mas pouco.

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