Aquilo que era a suspeita de muitos, inclusivé minha, confirma-se agora através das últimas notícias que têm vindo a lume. Os desgraçados da Unidade Nacional de Trânsito (UNT) colocaram-se em desvantagem em relação à extinta Brigado de Trânsito da Guarda Nacional Republicana por terem extorquido menos aos portugueses durante o ano de 2009.
Ora a minha suspeita, e de muitos, prende-se com o facto de estas operações "stop" empolgantes e vistosas acontecem com um só propósito: sacar mais dinheiro dos nossos bolsos para os cofres depauperados do Estado. E não, como seria de esperar, para melhorar a segurança rodoviária. Alías, este busílis já foi aflorado há uns quantos meses aquando da notícia (logo abafada, pois nunca mais se ouviu falar nisso nem de uma hipotética investigação) de que a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública imporia aos chefes de esquadra um mínimo de multas (e detenções) por forma a terem uma boa avaliação. Como é óbvio, neste cenário que se nos coloca (e esta notícia das pressões não tem muitos meses - é apenas de Novembro do ano passado) é fácil avaliar que as Polícias estão-se borrifando para que haja mais ou menos segurança rodoviária. O que eles querem mesmo é o carcanhol da multa. Senão, e tendo a quantidade de multas diminuído 50% face ao ano passado, não poderiam, ao invés de colocar o cenário de menos eficiência, colocar o cenário de uma maior consciencialização dos condutores? Senão entramos aqui num grave paradoxo: é que quando de fala de mortes na estrada, e esse número, ainda bem, tem diminuído (se bem que ainda tenha algumas dúvidas na forma de contabilização dos mortos não no local do acidente, mas aqueles que morrem no Hospital - adiante), quer dizer que como tem diminuído deve arranjar-se mais buraco na estradas, mais curvas perigosas e mais pontos negros para que as mortes possam tomar o seu curso normal... Ora isto é patético. Mas há aqui uma malícia que se constata. Ou querem que os portugueses "aprendam" a estar na estrada, ou não querem e, nesse caso, nos querem sacar o dinheiro das multas. Estas são as duas vias abertas. Eu escolho a primeira, com operações de prevenção, como fonte de aprendizagem. A comissão que avaliou em relatório a UNT acha que não. É mais pela segunda via. Sacar dinheiro. E mais e mais e mais. Já se lembraram, por acaso, estes notabilíssimos membros desta comissão que, por acaso, foi pelas acções da BT-GNR e da UNT que o número de multas diminuíu?
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