A corja do costume enfia nos bolsos o dinheiro que tanto nos custou a ganhar. Mais uma vez. Em ano de "crise" (entre aspas, pois a "crise" invocada é só para alguns e, sobretudo, só para alguns a bancarem), a Brisa acumulou lucros vergonhosos. E avistam-se, claro, os distintos prémios para os distintos senhores anafados da administração. É a justiça social, estúpido, alguns dirão. Pois sim. É a justiça social. A justiça social que o Estado Moderno (capitalista) nos impõe, do alto dos seus grandes mestres, os administradores das empresas. Essa gente acima de qualquer suspeita, pura de coração, de atitudes nobres e corajosas.
Mete-me nojo, particularmente, que a Brisa tenha cada vez mais precários (como todas as empresas de "excelência"), cada vez mais gente a ganhar menos, e com a vida no fio da navalha quase todos os dias. É isto que faz a riqueza de um país moderno. Será? Eu acho que não. E esses lucros deveriam ser distribuídos por quem verdadeiramente gera a riqueza: os trabalhadores. Eram esses que deviam colectar os prémios que, certamente, serão dados aos já bem pagos, à "boyzada" PS/PSD/PP que polula nestas empresas. Mas não. Serão os mesmos a colectar maquias astronómicas, enquanto que o desgraçado que trabalha num pequeno caixote vai continuar a ganhar miseravelmente, sem direito ao mínimo ruído,senão, rua...
Mas, também, é natural que a Brisa apresente estes resultados, fruto da ganância que nos aparece pela frente cada vez que vamos pagar uma portagem. Os valores exorbitantes que pagamos não são mais que o fruto do nosso silêncio, da nossa anuência a esta política empresarial.
Aguentai, pessoal: continuaremos a pagar esta (e outras) crise. Tudo para que estes engravatados anafados não a sintam. Somos mártires dos "bons".
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