sexta-feira, 14 de novembro de 2008

(De)Crescimentos




Portugal aguentou-se, no terceiro trimestre do ano, com um crescimento de 0,3% (que significa, na prática, estagnação económica) entre os países que escaparam ao crescimento negativo que grassou pelos países da zona Euro. De facto, esta é uma notícia positiva. Mas impõem-se algumas questões pertinentes. O bolso dos portugueses é cada vez mais pequeno para enfrentar as despesas mensais (pelo menos, o da maioria dos portugueses; paraece que andam por aí uns tipos a quem a crise passa ao lado...); o desemprego estava, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em Agosto, nos 7,3%, sendo que as mulheres continuam a ser as mais afectadas, como uma taxa de desemprego de 8,3%, e parece que as previsões para o ano não são animadoras; os licenciados continuam a ter no seu fim curso a bela prenda de terem estágios não remunerados (que engordam os bolsos de alguém...); o número de empregos criados não é, nem de longe nem de perto, suficiente. Convinha saber, se é que se pode saber, quem é que raio anda a ganhar com estes crescimentos económicos, porque a classe média não é de certeza... Quem é que anda a engordar os bolsos? Para quem vão os lucros deste crescimento? Porque é que a classe média continua a ser fortemente atacada em termos económicos? Porque é que os nossos bolsos não crescem proporcionalmente ao crecimento? Porque continuamos a receber cada vez menos e a pagar cada vez mais? Quem ganha com isto?...

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