quarta-feira, 26 de março de 2008

IVA, défice orçamental e PEC

O governo baixou o IVA de 21 para 20%. Medida inegavelmente positiva.
Convém, no entanto lembrar que o IVA em 2002 estava nos 16% e subiu para 19% com o Governo de direita PSD - PP, que queria arrecadar a todo o custo maiores receitas fiscais, por causa da sua obsessão com o controlo do Défice Orçamental. O PS, que tanto tinha criticado( e com razão) na oposição esta obsessão,quando chegou ao poder incorreu no mesmo erro e, consequentemente aumentou o IVA para 21%.
Relembro que, quando a direita chegou ao poder, quis que o défice orçamental de 2001 fosse calculado pelo Banco de Portugal. O Banco de Portugal chegou a 4,1%, valor acima dos 3% máximos impostos pelo PEC(Pacto de Estabilidade e Crescimento). O PS, quando em 2005 volta a governar, faz exactamente o mesmo: desconfiava dos 2,9% de défice previstos pelo Governo anterior e volta a pedir ao Banco de Portugal que calcule o seu valor. Desta vez o resultado é 6,8 por cento. Perante estas situações, não sendo um especialista em Finanças Públicas, atrevo-me a afirmar o seguinte: o valor do défice é bastante subjectivo. Depende dos critérios que são utilizados para o seu cálculo. Pode portanto, haver valores de défice para todos os gostos. Foi, infelizmente utiilizado com arma de arremesso politico pelo actual Governo e pelo anterior , como querendo demonstrar que o pais estava num estado lastimoso quando chegaram ao poder, devido a incompetência do Executivo antecendente.
Contudo, o principais culpados desta situação, não são o actual nem o anterior Governo português, mas sim a união europeia que impõe aos paises da zona euro um PEC, que, nas palavras sábias do antigo Presidente da Comissão Europeia Romano Prodi, é o pacto "mais estúpido do mundo". Este obriga, numa lógica puramente neo - liberal, os paises a ter como objectivos centrais das suas politicas económicas o controlo do défice orçamental e da inflação.
É urgente mudar o PEC. É necessário que este incentive os paises a praticar politicas económicas e orçamentais que promovam o crescimento económico, a criação de emprego e a redistribuição da riqueza. Só assim, poderemos ter uma Europa cada mais forte, coesa e solidária.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Parabéns ao Sport Grupo Sacavenense!



O Sport Grupo Sacavenense, colectividade desportiva da minha terra, está de Parabéns!Fez, anteontem, a respeitosa idade de 98 anos. É um dos clubes mais antigos da região de Lisboa. e têm um inegável prestigio no futebol português. Continua a ser, apesar dos últimos anos de decadência, o clube mais conhecido do Concelho de Loures ( que me desculpem os meus amigos de Loures e Moscavide...).
O Sacavenense nos últimos anos, tem tido imensos problemas, nomeadamente de carácter financeiro. Estes reflectiram-se, evidentemente, nos resultados desportivos. Convém recordar que o Sacavenense há pouco mais de 20 anos estava na 2ª Divisão de Futebol e hoje está remetido para as distritais.
A actual Comissão de Gestão tem feito um esforço enorme para levantar este clube. Contudo as dificuldades são enormes. É de facto preciso coragem, para, neste momento, assumir os destinos do Sacavenense. Um Bem Haja, portanto, para os elementos que pertencem à comissão de Gestão, que sacrificam as suas vidas pessoais por uma causa tão nobre: salvar o Sacavenense da falência e obter melhores resultados desportivos.
É preciso que o Sacavenense volte a ocupar o lugar que merece no panorama desportivo português. Para conseguir este itento todas as ajudas são poucas.
Eu, no âmbito da campanha de angariação de novos associados, vou tornar-me sócio. Pretendo seguir com maior atenção a vida desportiva do clube. Apelo, desde já a todas as pessoas que gostem do Sacavenense, se tornem associados. Seria uma grande ajuda!Um Clube sem sócios é um clube morto!


Viva o Sacavenense!

terça-feira, 18 de março de 2008

França vira de novo à esquerda


A França virou de novo à esquerda na últimas eleições municipais. O facto está consumado. Sarkozy foi derrotado, juntamente com a sua UMP. As teses sobre este facto variam, em qual o porquê de, depois de tão pouco tempo da UMP ter ganho por confortável margem, agora foi derrotada tão claramente. François Bayrou, o centrista à margem, mas sempre importante para o resultado final, foi, também ele, derrotado. Mas a minha reflexão vai noutro sentido. Ora, a UMP e o PSF vão rodando, tal como em Portugal (o PS e o PSD) e em todas as democracias consolidadas, entre si no poder. Uns franceses crentes na boa nova Sarkozy, viram agora de novo à esquerda em descontentamento das políticas deste. A minha pergunta, tal como no caso português, é até quando prosseguirão nesta espiral ora isto, ora aquilo. Talvez as propostas dos partidos minoritários em relação ao poder sejam vagas. Talvez nem sequer consigam passar a sua mensagem. Mas o facto de um país virar para o lado e para o outro em tão escasso tempo, deixa antever um estagnar da democracia, já que ambos os partidos mais votados sabem, de antemão, que serão poder, de uma maneira ou de outra, dentro em breve. E isso é um perigo efectivo para as democracias, na minha opinião. Nunca esquecendo, claro está, as elevadas taxas de abstenção que se vão somando nas tais democracias consolidadas. E isso, claro está, também tem de ser levado em conta. Até ao momento em que estas sejam maiores em percentagem do que o partido mais votado... Não sou profeta, muito menos da desgraça, mas esta rotatividade, um dia, vai cheirar a podre. E quando os eleitores estiverem fartos dela, vai haver graves consequências para a democracia... Um bem demasiado precioso para ser molestado.

domingo, 16 de março de 2008

Professores

Na semana passada assistimos a uma mega Manifestação de professores em Lisboa, a protestar contra o novo sistema de avaliação. Sem estar muito a par deste assunto, penso que uma manifestação desta dimensão, deve ser tomada em conta. Foi sinónimo de um certo mal estar que existe entre a classe docente.
O Ministério da Educação ao introduzir este novo modelo de avaliação de professores, foi um pouco autista. Não mostrou qualquer abertura ao diálogo com as organizações representativas de professores. É certo que, como diz a Ministra Lurdes Rodrigues, é essencial um sistema de avaliação às escolas e aos docentes. Contudo introduzir algo tão importante, sem ouvir as criticas e sugestões de melhoria das partes que vão ser afectadas, é pouco razoável.
É obvio que não existem sistemas de avaliação perfeitos. No entanto, é possivel, através do diálogo e da boa vontade, tanto da parte do Ministério como dos Professores, introduzir alterações que possam melhorar os aspectos que são menos positivos.
O Ministério da Educação não pode efectuar alterações no sistema de ensino contra os professores. Infelizmente, parece que, por vezes, o Governo, faz de propósito para amesquinhar esta classe. Eu, se fosse docente do ensino básico ou secundário, com as "reformas" que têm sido tomadas, sentir-me-ia muito desmotivado.
Há quem pense, como alguns camaradas meus, que só vão as manifestações, pessoas que não são socialistas, nomeadamente comunistas e bloquistas. Estão completamente enganados. Havia muitos socialistas nesta última manisfestação. No outro dia, à conversa com um camarada meu que é professor e que foi à manifestação, este disse-me que viu lá imensos simpatizantes e militantes do PS. É caso para pensar: se até os apoiantes do PS, que contribuiram para que este fosse Governo, se manifestam, é porque algo vai mal no sector da Educação...
Não é preciso ser muito perspicaz para concluir que o sistema de ensino só pode melhorar, se os professores tiverem motivados. Que sintam que o seu trabalho não é inglório. Que sintam que são respeitados pelas pessoas. Só assim poderão ser bons professores e incutir nos alunos a cultura do rigor e da exigência,o prazer de aprender e que a educação e formação são fundamentais para o seu futuro. Só com uma população qualificada, é que Portugal pode ter pretensões a ser um pais cada vez mais desenvolvido,justo e solidário.
Ps: Ao longo desta semana, tenho lido e ouvido noticias, de que parece haver vontade por parte do Ministério da Educação de ouvir os sindicatos. Se tal se concretizar, espero que haja bom senso e flexibilidade de ambas para se atingir um acordo.

Direitos Humanos


Há poucos dias atrás, os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram a retirada da China da sua lista negra de Direitos Humanos. Juntado a isto o facto de o Comité Olímpico Internacional (COI) ter entregue, há já uns anitos atrás, a organização dos Jogos Olímpicos a esta nação, devemos, pois, ter como noção que a China já não viola os Direitos mais elementares do ser humano. Será? Bom, gente que ganha 1 a 2 dólares por dia, crianças que são maltratadas, vendidas, exploradas, entre outros vilipêndios diários, aconselham à prudência quando se fala que na China já se respeitam os Direitos Humanos... De facto, creio que a entrega por parte do COI da organização de um evento que simboliza a paz, a amizade entre povos e os Direitos Humanos, a um país como a China, tem um imenso mau gosto e só é explicável pelos dinheiros que, dizem, os senhores do COI recebem assim...sabem...mais ou menos...de lado...

No Tibete, por esta altura, morrem mais umas dezenas por defenderam a sua autodeterminação. Nada comparado com o milhão de pessoas que morreram aquando da invasão ilegal do território por parte da China. A vergonha passa nas televisões e rádios de todo o mundo. Mas, lá mais para o Verão, estaremos a ver a China de novo na TV, desta vez como nação amante da paz e do desporto. Ele há cada hipocrisia...

Aproveito para pedir, urgentemente, a libertação do Tibete das garras opressoras do regime chinês. LIBERDADE PARA O TIBETE!!!!

Pobre banca...


Há dias atrás, o Banco de Portugal, através da sua figura de proa, o Presidente Vítor Constâncio, anunciou aos já fustigados e asfixiados portugueses que os Bancos poderão ter que aumentar os “spreads” dos empréstimos bancários como resposta à falta de liquidez dos mercados monetários. Estes avisos à navegação aconteceram no fórum com o sugestivo título de Fórum sobre Banca e Mercados de Capitais.
Fernando Ulrich (BPI), pobre como as casas (e o “seu” banco também), disse que o custo desta última crise nos mercados “está inteiramente a ser suportada pelos bancos”. Carlos Santos Ferreira (BCP) falou em aumentos dos custos dos créditos. Ricardo Salgado (BES) alertou para o facto do primeiro trimestre de 2008 ser mais difícil para a banca (aguardam-se com expectativa os ziliões de lucros do BES neste trimestre...). Ou seja, por esta altura já pus a maior parte dos leitores a chorar a miséria destes homens e das suas instituições. Também eu me condoo pela triste condição destes três anjinhos caídos de uma estrelinha lá no céu.
Já Vítor Constâncio que, segundo rumores não confirmados, se afirma como socialista (pelo menos de cartão), veio dizer que uma baixa de impostos é prematura. Ou seja, tudo somado temos que; preparem-se todos e todas mais uma vez para pagar mais esta crise dos mercados financeiros. Os bancos, intituições depauperadas, não têm dinheiro para a pagar. Vamos pagá-la nós. E, além disso, os impostos não vão baixar. Adindo a isto os salários que se praticam em Portugal, avizinham-se mais tempos complicados para o Zé Povinho. Mas, compreendam, devemos solidarizar-nos com os pobres bancos...

Primórdios

E eis-me a blogar. Eis-me a escrever um texto que, alguém, algures, talvez, irá ler. Sempre fui adepto de discutir com os amigos, no meu partido, onde quer que seja, com quem quer que seja. Concordante, discordante, com mais ou menos gritos e/ou palavrões impróprios. Mas isto é um passo novo para mim. Sem dúvida que esta partilha de pensamentos e opiniões tem algo de muito pessoal. Há textos e temas que nos interessam, outros interessar-nos-ão menos. O meu camarada de blog, João Pedro, convidou-me para participar na tertúlia. Aceitei. Como o próprio nome do blog indica, algumas reflexões serão banais. Outras, não tanto. Mas o banal, por vezes, também tem qualquer coisa que nos toca. A parte lúdica da vida não deve ser nunca descurada em prol da seriedade que a própria vida contém. As coisas todas juntas é que fazem e têm um sentido próprio. Porque a vida é isto mesmo; rir, chorar, acreditar, pensar, lutar, amar, e todos os outros demais verbos que utilizamos na nossa linguagem. O somatório disso tudo é a vida.
Sou de esquerda. Sou do Bloco de Esquerda. Acredito na construção de alternativas a governação credíveis para um Estado que se quer social (e socialista) e solidário. Um Estado que se revê em políticas sociais e de coesão social. Um Estado que se quer vigilante e interventivo na sociedade, e não um mero espectador das teorias de mercado sem regras, sem rei nem roque. Nem um Estado cuja única preocupação é catapultar os detentores do capital. Um Estado que participa na nossa vida, que se interessa por cada um de nós. Preconizo o socialismo como estádio final da sociedade. Não uma sociedade totalitária e de pensamento único, mas, pelo contrário, uma sociedade de seres humanos pensantes, actuantes, activos, que não se vergam à simples lógica do "o que está, está e não se pode fazer nada contra isso". Luto por uma sociedade onde todos e todas se envolvam.
Adoro música, passeios, sol, chuva, a lua, o sol, as estrelas, poesia, prosa, História, conviver, ginjinha, Sintra, lagos e lagoas de água doce, comer grelhados na brasa, do Minho, a nossa tenda. Adoro os meus amigos, a minha mãe, o meu pai. Adoro a minha Clarinha.
Tenho gostos comuns a tanta gente. Mas as nossas diferenças advéem de como as vivemos. E gosto de vivê-las intensamente.
Eis-me. O resto que há a dizer de mim, obtê-lo-ão através dos meus textos.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Quotas no PSD




Em relação a questão do novo sistema do pagamento de quotas no PSD, penso que as personalidades deste partido, como por exemplo Rui Rio, José Luis Arnaut, António Capucho, entre outras, têm toda a razão nas críticas que fazem. O pagamento de quotas em dinheiro vai abrir portas ao caciquismo total e quiçá, como refere Rui Rio, a lavagem de dinheiro.

A liderança de Luis Filipe Menezes, tem com esta alteração o objectivo de controlo total do aparelho partidário. Não esquecer que Menezes, não foi eleito apoiado pelas chamados “notáveis” do partido, mas sim com o apoio dos principais caciques locais, como Mendes Bota, Ribau Esteves, Helena Lopes de Costa e outros muito pouco conhecidos na opinião público. Com este novo sistema de pagamento de quotas, este vão ter um poder ainda maior, sendo o garante da manutenção de Menezes à frente do PSD. Não se iludam portanto os comentadores políticos e alguns “notáveis” do PSD, que pensam que a liderança deste está prestes a cair. Pelo contrário, está de “pedra e cal”.
O PS e José Sócrates, podem dormir descansados. Com Menezes e a sua pandilha à frente do PSD, não há qualquer alternativa de governação credível, que possa pôr em causa uma nova vitória do Partido Socialista em 2009.

PS: Estranho a atitude tão veemente de António Capucho em relação a esta questão, tendo inclusive apresentado a demissão de Presidente da Mesa da Secção do PSD de Cascais. Será que terá alguma ambição escondida?

terça-feira, 11 de março de 2008

Eleições espanholas



Realizaram-se eleições em Espanha. Como era esperado o PSOE ganhou, mas sem maioria absoluta. Os dois maiores partidos subiram a votação e o número de deputados. Toda esta subida à conta dos pequenos partidos. A Esquerda Unida ( uma espécie de Bloco de Esquerda espanhol) teve uma grande queda em termos de votos e número de deputados. O PNV ( Partido Nacionalista Basco) também desceu imenso, criando sérias dificuldades à realização de um referendo sobre a independência do Pais Basco, pretendida pelo seu lider e Presidente do Governo Regional Basco Ibarretxe. Talvez tenho sido a consequência do último atentado terrorista da ETA, em que foi assassinado um autarca socialista.Considero que o PSOE e Zapatero mereceram ganhar esta eleições. Efectuaram-se ao longo de quatro anos reformas corajosas. Retiram as tropas espanholas do lamaçal do Iraque,legalizaram o casamento entre homossexuais com possibilidade de adopção, simplificaram a Lei do Divórcio, reformaram o ensino, retirando influência nos curriculos ao ensino religioso, aumentaram o ordenado minimo significativamente (120 euros), entre outras medidas. Sofreram uma campanha vergonhosa de ataques por parte da hierárquia católica que tinha vindo a apelar, descarada ou subtilmente, ao voto na direita.No que se refere ao PP e ao seu lider Rajoy, apesar de terem subido em votação e deputados, ainda não são alternativa a Zapatero e aos socialistas. Continuam a persistir num discurso extremamente conservador e reaccionário. Criticavam só por criticar, sem apresentar qualquer alternativa consistente de governação. Chegaram, inclusive, a utilizar a questão do terrorismo como arma de arremesso politica contra o PSOE. Não tenho dúvidas que o PP, apesar de pretensamente tentar passar a imagem de um partido moderno de centro-direita, continua a representar tudo aquilo que é mais retrógrado em Espanha. Continua a ser, como dizia Fraga Irbarne, seu lider histórico, nas primeiras eleições livres espanholas em 1977, o representante "do franquismo sociológico".Para saber mais sobre estas eleições recomendo a leitura do publico e do El Pais
Publicada por João Pedro Moreno em 13:13 0 comentários Hiperligações para esta mensagem

quinta-feira, 6 de março de 2008

Um blogue sem pretensões!

Olá!O meu nome é João dos Santos e tenho 27 Anos. Sou Natural de Sacavém (embora tenha nascido em Lisboa na maior maternidade do pais, a Alfredo da Costa, tal como milhões de pessoas) tendo residido nesta Cidade, pertencente ao Concelho de Loures, até aos 24 anos. Actualmente, resido perto de Vila Franca de Xira com a minha familia ( sim... ainda sou solteiro e bom rapaz). Sou Licenciado em Gestão pelo ISEG - UTL e neste momento trabalho numa Autarquia Local.
Os meus principais interesses são a História, a Politica, a Economia e a leitura de livros dos mais diversos tipos.
Sou Militante do Partido Socialista e da Juventude Socialista e, politicamente, costumo definir-me como Socialista, Republicano e Ecuménico. Não sou um Socialista revolucionário e utópico, mas um simples Social - Democrata(não confundir com o PSD, que usa indevidamente esse nome), que acredita que é possivel transformar a sociedade, não através de acções revolucionárias, mas através de politicas reformistas que promovam o crescimento económico, a criação de emprego, a preservação e alargamento das funções sociais do Estado, a melhoria da qualidade de vida das populações e a defesa de um Desenvolvimento ambientalmente Sustentável. Contudo, sou daqueles que pensam, ao contrário de há 30 anos atrás em que ser Social - Democrata era ser quase de Direita, hoje em dia, com a aceitação quase unânime do pensamento único Neo - Liberal, defender uma prática politica autenticamente Social - Democrata é "verdadeiramente revolucionário".
As minhas principais referências politicas são Olof Palme, Salvador Allende, Felipe Gonzalez, Jorge Sampaio e António Guterres. Para aqueles que ficaram surpreendidos por ter escolhido com uma das minhas referências o Eng. Guterres, devo dizer que sou da opinião que ainda não se fez justiça em relação à acção politica deste. Os seus Governos foram os únicos que, ao longo de mais de 30 anos de regime demócrático, praticaram politicas verdadeiramente Sociais - Democratas, em algumas áreas. Não esquecer que durante esses anos houve uma melhoria efectiva das condições de vida dos Portugueses. Verificou-se um Crescimento Económico acima da Média Europeia, praticou-se uma verdadeira politica de Solidariedade Social, com o aumento e o alargamento das prestações sociais, houve um enorme alargamento da Rede do Pré - Escolar e atingiu-se uma situação de quase Pleno - Emprego.
Não sou um defensor da designada Terceira Via teorizada por Anthony Giddens e praticada por Tony Blair e outros Socialistas na Europa e no Mundo. Considero esta uma rendição do Socialismo Democrático ao Neo - Liberalismo e a Ditadura do Mercado. É desistir de acreditar que é possivel construir progressivamente uma Sociedade mais justa e Solidária. Para mim e para muitos outros socialistas, a verdadeira Terceira Via é o "Socialismo em Liberdade", alternativo ao Neo - Liberalismo e às experiencias revolucionárias que não respeitam a Liberdade e a Democracia.
Este Blogue pretende reflectir, sem pretensões académicas, sobre as mais diversas tématicas (Política Local, Nacionas e Internacional, História, assuntos da Actualidade, Livros, etc). Não escondo, apesar de ser um espaço que vai tentar ser o mais objectivo e rigoroso possivel nas opiniões formuladas, tem uma orientação Politica de Esquerda Democrática.
Pretendo convidar outras pessoas a escreverem no Blogue. Os comentários aos posts serão sempre livres. Seja, portanto, Benvindo e esteja a vontade para comentar, independentemente de ser um comentário crítico.
João Dos Santos
PS: Em breve deixarei de efectuar Posts com Pseudónimo