domingo, 16 de março de 2008

Pobre banca...


Há dias atrás, o Banco de Portugal, através da sua figura de proa, o Presidente Vítor Constâncio, anunciou aos já fustigados e asfixiados portugueses que os Bancos poderão ter que aumentar os “spreads” dos empréstimos bancários como resposta à falta de liquidez dos mercados monetários. Estes avisos à navegação aconteceram no fórum com o sugestivo título de Fórum sobre Banca e Mercados de Capitais.
Fernando Ulrich (BPI), pobre como as casas (e o “seu” banco também), disse que o custo desta última crise nos mercados “está inteiramente a ser suportada pelos bancos”. Carlos Santos Ferreira (BCP) falou em aumentos dos custos dos créditos. Ricardo Salgado (BES) alertou para o facto do primeiro trimestre de 2008 ser mais difícil para a banca (aguardam-se com expectativa os ziliões de lucros do BES neste trimestre...). Ou seja, por esta altura já pus a maior parte dos leitores a chorar a miséria destes homens e das suas instituições. Também eu me condoo pela triste condição destes três anjinhos caídos de uma estrelinha lá no céu.
Já Vítor Constâncio que, segundo rumores não confirmados, se afirma como socialista (pelo menos de cartão), veio dizer que uma baixa de impostos é prematura. Ou seja, tudo somado temos que; preparem-se todos e todas mais uma vez para pagar mais esta crise dos mercados financeiros. Os bancos, intituições depauperadas, não têm dinheiro para a pagar. Vamos pagá-la nós. E, além disso, os impostos não vão baixar. Adindo a isto os salários que se praticam em Portugal, avizinham-se mais tempos complicados para o Zé Povinho. Mas, compreendam, devemos solidarizar-nos com os pobres bancos...

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