Os culpados

As culpas a quem as tem: ao capitalismo selvagem; que subleva os mais fortes e subjuga os mais fracos; que ajuda os capitalistas anafados a comerem em cima da moleirinha dos pobres; que especula, que mente, que subverte. As culpas a quem as tem, também: a quem defende este modelo selvagem, de "mão invisível" que não existe, de facto: aos partidos de centrão que souberam aproveitar-se de tudo isto em vantangem própria; enriquecimentos pessoais ilícitos, gastos supérfluos, lobbies, etc.. Uma palavra às agências de rating: elas parecem ser o braço armado do capitalismo, hoje. Especulam o inespeculável, orientam as massas incultas nesta ou naquela direcção. Elas são o verdadeiro terrorista de hoje, o que escreve sem saber o que e porquê, em proveito próprio das nações mais fortes e para esmagar as mais fracas. Agências que têm tanta razão de existir como a SIDA, como a malária, como a tuberculose, como a injustiça e a fome. Agências cujo o único propósito é a especulação, não a criação de riqueza (para todos) e, sobretudo, não o bem-estar dos povos.

O porco anda aí...

A diferença de discursos é notória. Quer se goste, quer não, Pinto da Costa é um javardo acéfalo, corrupto e mal-feitor (é tão bom haver blogs!). Luís Filipe Vieira pode sê-lo ou não, mas ao menos comparem. Pingo de Bosta: "a presente temporada não foi boa, mas na próxima época queremos ganhar sempre tudo...sem túneis." Mais: "Quando os outros ganham uma taça é uma festa. São recebidos nas câmaras municipais e é um feriado nacional. Para mim é pouco e para os portistas também, mas esse sinal é bom, porque ganharmos dois troféus é pouco, para outros ganhar um é sinal de festa."
O porcalhão que há nele vem ao de cimo. Mesmo quando perde, não sabe perder. Ataca os outros, não reconhece legitimidade. É um autêntico javardolas.
Luís Filipe Vieira: "Se ganharmos o campeonato, ele será dos sócios e dos adeptos, não contra este ou aquele clube." (in capa de "A Bola").
Por aqui de vê a grandeza de ambos os clubes e dos seus presidentes.
Mas o que eu gosto mais, e que se perpetua em todos os jornais, telejornais e afins, é a expressão que vem no Record: "(...)o líder portista, bem ao seu estilo(...)"... Qual é o estilo? Caceteiro? Provocador? Ordinário? Javardo? Bem que podiam concretizar esse "seu estilo"... Há quem adore deuses, há quem adore porcos. Que venha o diabo e escolha. Eu prefiro bifanas e caracóis.

E a hipocrisia continua...até quando?

Confesso que não me espantou absolutamente nada, mas esta notícia, hoje, fez-me lembrar um vídeo que colocarei no fim deste post. Tarcisio Barone, secretário-geral do Vaticano (o Estado mais rico do mundo) e, por consequência, número dois da hierarquia da igreja, veio comparar a pedofilia à homossexualidade. A frase clássica que me vem à memória é a de que "se não fosse tão grave, até me apetecia rir". Os tiros nos pés sucedem-se para aquelas bandas. Creio que só mesmo o menos inteligente dos católicos consegue aplaudir uma barbaridade destas. De resto, esta repetida marcha contra o bom senso e a ciência é uma afronta a todos e todas aquele(a)s que lutam contra as injustiças e as discriminações. E não só. Esta repetida marcha é também uma demonstração cabal de que aquela célebre frase do "estávamos a beira do abismo, e, felizmente, tomámos a decisão correcta: demos um passo em frente" está cada vez mais na ordem do dia, no Vaticano. Não há hora nem minuto que estes homens não se lembrem de dar mais um "passo em frente", e colocarem-se cada vez mais na posição de bobos da corte, de verdadeiros mostruários de uma cultura risível. A continuar assim, isto dá para uma série inteira de um policial e para uma série inteira de comédia.
Ah! E aqui vai o vídeo. E digam lá que não há semelhanças...

A hipocrisia continua a vencer

O circo continua: ontem do trabalho para casa, às 5h30 - operações stop - 2; polícias na rua/autocarro - 0. Pela minha parte, obrigado. Sinto-me muito mais seguro... Enfim...

PS - Os gajos bem diziam ontem que tinham tido menos multas... Palpita-me que isto agora vai ser assim até ao fim do ano para ver se no estorquem o dinheiro que não nos conseguiram extorquir pelos impostos e afins.