Mas a vitória do PS na Câmara de Lisboa, apesar da candidatura anedótica do Santana Lopes, não é garantida. De facto, a divisão da esquerda pode favorecer a direita. O PCP vive ainda nos anos 80 e pensa que ainda tem 30 % do eleitorado em Lisboa. Como tal, quando se lhes fala em coligações pedem "mundos e fundos", o que inviabiliza, como é evidente, qualquer acordo pré- eleitoral com o PS. Quanto ao Bloco de Esquerda, como diz o povo, "falam,Falam, mas não os vejo a fazer nada!" A sua cultura ainda é de contestação e de critica constante. O episódio Sá Fernandes provou-o. Quando o homem começou de facto a trabalhar ( e dizem que a trabalhar bem) e não somente a criticar, como fazia anteriormente,retiram-lhe a confiança política. Para o Bloco o Senhor Sá Fernandes é "um vendido a esse partido de direita chamado PS". Queria era "o tacho". Sim, porque para o BE quem assume responsabilidades de poder é certamente vendido e oportunista.
Resumindo: Com um PCP parado no tempo e um Bloco que diz mal de tudo e não quer assumir responsabilidades, não há condições para coligações de Esquerda. O PS só pode contar consigo próprio para ganhar a Câmara. Esperemos que o consiga e que a divisão das esquerdas não entregue "de bandeja" o poder à direita e a Santana Lopes
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