domingo, 29 de junho de 2008

O (malfadado) Código de Trabalho


Isto não é uma resposta ao meu querido e grande amigo João Moreno. Nós combinámos que isto iria ser um blog de transmissão das nossas opiniões, como pretendem ser todos, e não de parada e resposta e de discussão entre nós.
Como é óbvio, as nossas opiniões dobre este Código de Trabalho são totalmente divergentes. Aliás, este Código de Trabalho não cambia o espírito do Código de Bagão Félix, mas antes introduz-lhe alterações pontuais. O que não deixa de me surpreender, vindo de um Partido cuja base ideológica seria de esquerda... O que não me deixa de surpreender, também, é o facto de Bagão Félix se mostrar tão contente com a aprovação destas alterações ao seu "filho"... Um homem com uma base ideológica tão conservadora, feliz com um Código de Trabalho aprovado pelo PS... Bom, adiante...
Nota final para a frase notável de Van Zeller no vídeo que coloquei aqui no blog, ontem: "Sem precários não há nada." Demonstrativo de uma mente tacanha, de uma índole mesquinha. Uma pessoa que fala do topo da hierarquia e não tem qualquer tipo de compaixão de esmagar o povinho que se acotovela por debaixo dele por umas migalhas de quem tem muito. E foi este "homem" que se sentou à mesa com o nosso querido primeiro-ministro José Sócrates e com o nosso querido representante da nação para os assuntos do trabalho e da segurança social, Vieira da Silva. Juntos aprovaram um Código de Trabalho que destrói o que restava de esperança aos mais jovens por um futuro (um bocadinho) melhor. Garantem-nos a precariedade eterna ("Sem precários não há nada.") numa vida cheia de incertezas.
Entre quem assinou o acordo, encontram-se os apartidários da UGT. Não tem tendências políticas, só lhes interessa a defesa do trabalhador. Um verdadeiro sindicato plural e democrático, cuja a única coisa que não se pode dizer é mal do PS... Chiiiiuuu...
Mas este post é, também, para divulgar um texto dos Precários Inflexíveis que acho fundamental para perceber o alcance deste novo Código de Trabalho, e demonstra as palavras de Van Zeller. Aqui vai:


Sem comentários: